A Improvável Jornada de Harold Fry
Rachel Joyce-2013/248 páginas –
Suma de Letras
Sem
dúvida uma Peregrinação!
Não é religiosa, ou amorosa e sim uma busca
individual, uma busca por aquilo que já se foi, por aquilo que se
perdeu............Essa foi a Improvável Jornada Harold Fry!
Ele sai com o intuito de entregar apenas uma carta
no correio para uma velha amiga...........e quanta coisa ele conheceu, ele
descobriu e até mesmo redescobriu nessa jornada, não só ele como sua esposa e
creio eu que todos aqueles que lerem a história, vão descobrir sem dúvida que
pessoas comuns podem sim fazer coisas incomuns e através delas recomeçar outra
vez!
Não somente ele mais a sua família também…enfim
trata-se de um “recomeço” acho que essa é a palavra chave para esse senhor tão simpático.
Vamos um pouco para sinopse:
Em pensar que tudo
começou com o recebimento de uma velha amiga no qual Harold não via a décadas,
Queenie Hennessy, uma carta que o mesmo achava ser algo saudosista, alegre, na
verdade trazia uma notícia bombástica: Queenie estava em uma Casa de Saúde, sucumbindo
a cada dia mais pelo câncer. Abalado com a notícia, Harold rapidamente escreve
uma resposta, deixa sua esposa, seus afazeres e sai rumo a caixa postal.
Bom, é ai que começa a Jornada de Harold Fry, o que
inicialmente era uma simples ida a uma caixa postal, sabe, apenas tipo, mandar
uma carta resposta para uma amiga doente e tal…pois é, só que no meio do
caminho Harold decide que deve entregar essa carta pessoalmente e o mais incrível
é que ele não pensa em ir de carro, metrô, trem, barco, ônibus, etc. Ele
simplesmente resolve ir andando e com a roupa do corpo!
Isso mesmo, determinado a “andar” nada mais nada
menos que 600 milhas de Kingsbridge à Berwick-upon-Tweed, pelo simples fato de
acreditar que enquanto ele caminhar a Queenie ainda estará viva e durante esse
trajeto Harold conhece pessoas interessantes, gananciosas, interesseiras, fascinantes,
tristes, alegres, enfim o faz conhecer melhor a unicidade dos seres humanos cada
qual do seu jeito e percebe que todos possuem algo em comum com ele ou não
fazendo-o recordar durante essa caminhada extraordinária fatos importantes da
sua vida, transformando assim essa incrível jornada em um resgate de autoconhecimento,
valorização da família, do casamento, das amizades verdadeiras e principalmente
de nunca perdermos a fé.
E ai o que você faria se seu esposo saísse de casa
para entregar uma simples correspondência e não voltasse mais?
Sem dúvida
uma história de aquecer os corações!
Um pouco sobre a autora:
Rachel Joyce vive em
Gloucestershire com o marido e quatro filhos. Já escreveu mais de vinte peças
de teatro para BBC Radio 4 e adaptações importantes para Classic Series e
Womans Hour, além de uma novela para a BBC 2. Em 2007, a mesma recebeu o prêmio
Tinniswood de melhor Radio dramaturgia. Bem legal, né?
Nessa obra Rachel usou
como temas centrais os sentimentos de amor, amizade e arrependimento, a ideia
de se escrever esse que foi o seu primeiro livro surgiu na rádio quando o seu
pai foi acometido por um câncer incurável. Rachel se sentiu impotente e perdida
em um mundo só dela, já que sempre fora tímida, um mundo no qual sempre tivera
o pai como companheiro, parceiro e conselheiro, sem sombra de dúvidas o seu
melhor amigo. Em sua homenagem sentou-se e escreveu uma peça intitulada “Ser um Peregrino”, narrando a história
de um homem chamado Harold Fry, que viaja para ajudar uma amiga a vencer o câncer.
Bom, após o lançamento
ela sentiu que a história estava incompleta e que ainda tinha com certeza muito
a ser explorado, aquela velha sensação do quero mais. Devido talvez a sua
timidez a Britânica sempre escrevera prosa secretamente e graças a Deus
resolveu dar asas, forças para os seus sonhos e imaginações reprimidos,
lançando seu primeiro romance.
Ufa! Que bom né, nós
leitores assíduos de boas leituras agradecemos e muito Rachel pela sua grande
iniciativa que de cara fora um sucesso!
Até a próxima!
Lindaiá
Campos