quarta-feira, 31 de agosto de 2016

A Improvável Jornada de Harold Fry

A Improvável Jornada de Harold Fry 
Rachel Joyce-2013/248 páginas – Suma de Letras


Sem dúvida uma Peregrinação!

Não é religiosa, ou amorosa e sim uma busca individual, uma busca por aquilo que já se foi, por aquilo que se perdeu............Essa foi a Improvável Jornada Harold Fry!

Ele sai com o intuito de entregar apenas uma carta no correio para uma velha amiga...........e quanta coisa ele conheceu, ele descobriu e até mesmo redescobriu nessa jornada, não só ele como sua esposa e creio eu que todos aqueles que lerem a história, vão descobrir sem dúvida que pessoas comuns podem sim fazer coisas incomuns e através delas recomeçar outra vez!
Não somente ele mais a sua família também…enfim trata-se de um “recomeço” acho que essa é a palavra chave para esse senhor tão simpático.


Vamos um pouco para sinopse

Em pensar que tudo começou com o recebimento de uma velha amiga no qual Harold não via a décadas, Queenie Hennessy, uma carta que o mesmo achava ser algo saudosista, alegre, na verdade trazia uma notícia bombástica: Queenie estava em uma Casa de Saúde, sucumbindo a cada dia mais pelo câncer. Abalado com a notícia, Harold rapidamente escreve uma resposta, deixa sua esposa, seus afazeres e sai rumo a caixa postal.
Bom, é ai que começa a Jornada de Harold Fry, o que inicialmente era uma simples ida a uma caixa postal, sabe, apenas tipo, mandar uma carta resposta para uma amiga doente e tal…pois é, só que no meio do caminho Harold decide que deve entregar essa carta pessoalmente e o mais incrível é que ele não pensa em ir de carro, metrô, trem, barco, ônibus, etc. Ele simplesmente resolve ir andando e com a roupa do corpo!

Isso mesmo, determinado a “andar” nada mais nada menos que 600 milhas de Kingsbridge à Berwick-upon-Tweed, pelo simples fato de acreditar que enquanto ele caminhar a Queenie ainda estará viva e durante esse trajeto Harold conhece pessoas interessantes, gananciosas, interesseiras, fascinantes, tristes, alegres, enfim o faz conhecer melhor a unicidade dos seres humanos cada qual do seu jeito e percebe que todos possuem algo em comum com ele ou não fazendo-o recordar durante essa caminhada extraordinária fatos importantes da sua vida, transformando assim essa incrível jornada em um resgate de autoconhecimento, valorização da família, do casamento, das amizades verdadeiras e principalmente de nunca perdermos a fé.

E ai o que você faria se seu esposo saísse de casa para entregar uma simples correspondência e não voltasse mais?

 Sem dúvida uma história de aquecer os corações!


Um pouco sobre a autora:

Rachel Joyce vive em Gloucestershire com o marido e quatro filhos. Já escreveu mais de vinte peças de teatro para BBC Radio 4 e adaptações importantes para Classic Series e Womans Hour, além de uma novela para a BBC 2. Em 2007, a mesma recebeu o prêmio Tinniswood de melhor Radio dramaturgia.  Bem legal, né?
Nessa obra Rachel usou como temas centrais os sentimentos de amor, amizade e arrependimento, a ideia de se escrever esse que foi o seu primeiro livro surgiu na rádio quando o seu pai foi acometido por um câncer incurável. Rachel se sentiu impotente e perdida em um mundo só dela, já que sempre fora tímida, um mundo no qual sempre tivera o pai como companheiro, parceiro e conselheiro, sem sombra de dúvidas o seu melhor amigo. Em sua homenagem sentou-se e escreveu uma peça intitulada “Ser um Peregrino”, narrando a história de um homem chamado Harold Fry, que viaja para ajudar uma amiga a vencer o câncer.
Bom, após o lançamento ela sentiu que a história estava incompleta e que ainda tinha com certeza muito a ser explorado, aquela velha sensação do quero mais. Devido talvez a sua timidez a Britânica sempre escrevera prosa secretamente e graças a Deus resolveu dar asas, forças para os seus sonhos e imaginações reprimidos, lançando seu primeiro romance.
Ufa! Que bom né, nós leitores assíduos de boas leituras agradecemos e muito Rachel pela sua grande iniciativa que de cara fora um sucesso!

Até a próxima!
Lindaiá Campos   


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