Sei do cuidado que você tem em me preservar;
Sei que você faria muito mais do que olhar...se fosse
qualquer outra;
Sei que você não quer jamais me machucar, mesmo me
machucando;
Sei que você me considera uma menina, uma boneca de
porcelana frágil;
Sei que você morre de medo de quebra-la e por isso a distância
segura;
Sei que você não suporta a ideia de nenhum outro a tocar;
Sei que uma vez ou outra, está em seus pensamentos;
Sei que você só age como age as vezes, por achar que é o
melhor para mim;
Sei da dimensão do nosso sentimento um pelo outro, e ao
mesmo tempo a pureza que ele tem;
Sei que é de uma pureza que não se houve, nem se ver mais;
Sei do imenso esforço que você teima em fazer para que tudo
permaneça como estar;
Sei que só desejamos guardar, proteger, cuidar, mesmo que
esse cuidado não seja muito bem compreendido as vezes, de quem realmente
amamos;
A única coisa que eu
não sei é se você em algum momento, já se deu conta disso?
Eu não sou somente uma menina, mais uma mulher dentro dela;
Sou mais forte do que pareço;
Me machuca muito mais viver nesse eterno casulo,
Do que ter a chance de experimentar o mundo fora dele;
Apesar de compreender tudo isso,
Apesar de todo esse misto gigantesco de controvérsias;
Sigo como um fiel telespectador, que ao acompanhar um livro,
série, filme,
Anseia pelo dia em que o mocinho vai se dar conta do que está
perdendo,
Por simples comodismo, quimera ou quem sabe, medo de viver;
Ou será essa quimera é tudo criação e obra exclusiva de
nossas cabeças?
Só a um jeito de saber: perdendo o medo de viver.
Autora: Lindaiá Campos
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