“A Lenda do castelo de
Mag Mell
Um conde inglês rico e
poderoso que viveu no século XV era frio, rude e pensava em seu próprio bem.
Foi assim até o dia em que conheceu uma jovem que mudaria toda a sua vida. Eles
se apaixonaram como amantes predestinados. Porém a jovem era uma sacerdotisa da
antiga religião celta e foi perseguida, julgada e acusada pela igreja de
praticar feitiçaria. Nem todo o poder do conde foi o bastante para conseguir a
liberdade de sua amada. A jovem morreu como ninguém jamais deveria: queimada no
fogo dos medos e da intolerância.
O conde, guiado pela
paixão, encontrou um terreno isolado, no topo do mundo e no meio das nuvens.
Ali, a um passo das pontas do céu, ergueu um castelo em homenagem à fé de sua
querida companheira. Fez isso com a esperança de que, ao dar prova suficiente
aos deuses celtas de seu amor e sua devoção, eles trouxessem sua amada de volta
à vida.
Os anos se passaram e
a jovem sacerdotisa nunca voltou das cinzas. O conde enlouqueceu de amor e, em
sua insanidade, realizou um Ritual proibido pelos deuses. Ele usou da sabedoria
celta para um propósito egoísta e bebeu da fonte da vida eterna. Sua vingança
era se tornar imortal. Se os deuses eram incapazes de trazer sua amada de
volta, ele iria aguardar pela volta dela.
Os deuses, enfurecidos
com a ousadia do conde, castigaram-no. Ele foi condenado a viver eternamente
com metade de sua alma presa no corpo de um homem e a outra metade no corpo de
um lobo, com seus instintos e sua vida selvagem.”
Era com isso que Lizzie com o castelo, com o povo celta que
tanto a fascinava e com um lobo que sempre virava um homem belíssimo em seus
sonhos. Em 1861, aos vinte um anos o normal deveria ser Lizzie se empenhar para
arrumar um noivo e se casar, era o que se esperava da filha de um conde. Porém
após uma grande decepção amorosa tudo que resta é sua grande paixão – os
estudos sobre a cultura celta e seu povo. Ela mergulha tão fundo nesses estudos
ao ponto de trocar os concorridos salões de baile de Londres pelas estradas
desertas e sinuosas das Highlands escocesas.
Durante essa viagem ela conhecerá Gareth, um homem
enigmático, líder do clã que vive no local mais remoto e bucólico da Escócia.
Em meio a muito mistério, ele luta o tempo inteiro para manter as suas crenças,
tradições, segredos, enfim, a segurança do seu povo.
Gareth mantém a sua vida toda sob controle sem grandes
mudanças. Lizze está super empolgada com suas descobertas e explorações. Mundos tão diferentes, unidos por uma atração
irresistível os fazem viver uma paixão proibida e desafiadora, onde a vida de
ambos é alterada de maneira inimaginável quando uma fatalidade transforma o
sonho de Lizzie em pesadelo.
Não me
esqueças nada mais é do que um convite para embarcar em um conto de fadas,
sendo uma releitura da Bela e a Fera, Babi
não só nos convida a mergulhar em um mundo novo repleto de encantamento que só
um amor de almas gêmeas pode fazer.
Ela nos leva a reflexões muito mais
profundas como o peso que uma responsabilidade, um cargo de liderança pode nos
trazer. O medo do novo, o desejo de ser aceito, a insegurança.
O modo como as
vezes devido a uma eventualidade ou outra, nos trancafiamos em nosso próprio mundo,
onde somos admirados, respeitados e resistimos sempre quando alguém tentar nos
arrancar de lá pelo simples medo da rejeição.
Além do eterno “Q” de historiadora característica cada vez mais marcante em
seus livros, simplesmente maravilhoso.
“- Eu conheço a lenda.
Diz que uma jovem apaixonada – Lizzie principiou, com o ar sonhador- pediu para
seu amante um ramo dessas flores, mas elas estavam no meio do rio. O jovem se
jogou nas águas para pegar as flores e presentear a amada, porém foi arrastado
pelas correntezas. Antes de desaparecer, ele gritou à jovem: Não me esqueças –
as duas mulheres completaram juntas e sorriram.”
Não me esqueças é
o nome dado há uma linda flor de cor azul cultivada nas highlands, alvo de uma
linda lenda onde prega uma mensagem de esperança para que nenhum casal de
amantes precisem se separar e coincidentemente ou talvez nem tanto assim, dona
do nome igual ao titulo dessa linda história de amor. Se você assim como eu,
acredita na magia do era uma vez esse é o livro certo para você.
Até aproxima!