quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

De onde vem?

Olá galera!

Na estrea desse curioso quadro, sugerido pelos seguidores, no qual espero poder corresponder a altura, estava eu pensando no que poderia trazer para cá, até que de repente ouvir uma frase na qual repetia muito quando criança: "Quem chegar por último é mulher do padre", isso me dera a ideia.

Dentre inúmeros significados, eis alguns:


Uma memória cultural antiquíssima preservou a representação da condição infame das mulheres de clérigos, sobretudo as não casadas legitimadamente. No Brasil, meninos e meninas se divertem em brincadeiras infantis em que o(a) Perdedor(a) é a “mulher do padre”.


As crianças desconhecem a tradição que construiu o sentido do enunciado “quem chegar por último é mulher do padre”, mas sabem que ser mulher do padre é uma situação desfavorável.



Em muitas regiões brasileiras, a cultura popular e o folclore incumbem-se de fazer as mulheres de padres circularem pelas noites como criaturas amaldiçoadas que aterrorizam as pessoas: mulas-sem-cabeça que vagueiam arrastando correntes presas às patas:


Do fatigante percurso dessas suas periódicas peregrinações noturnas, a mula, no outro dia, já tornada ao seu estado natural feminino mostra sinais no seu corpo, produzidos pelas correntes que arrastara quando vagava pelas longínquas paragens. Esse “tristíssimo fadário” faz parte da sua penitência pelo seu pecaminoso viver. Já para o padre se purificar dos seus pecados deveria amaldiçoar a Barregãs (como eram chamadas as mulheres do padre) criminosas jocosas “mulas-sem-cabeça “antes vista pela sociedade como algo para se combater, a mulher passa a ser ridicularizada pelo imaginário popular.


Os padres passaram a serem proibidos de se casaram assim como os que já eram casados a se separarem no século XVI, especificamente no Concilio Trento (1545-1563), onde foi formalizado um modelo de sacerdócio casto e santificado.



Fonte: Folclore Pernambucano, arquivo público estadual 1974, movimento dos padres casados (MPC), O livro velho das linhagens, Pecado e Clemência, História da igreja em Portugal, Google.



Gostou?
Existe mais alguma expressão na qual gostaria de saber?
Deixe aqui o seu comentário!

Lindaiá Campos


Nenhum comentário:

Postar um comentário