Os avós nunca morrem apenas ficam invisíveis e dormem para
sempre no fundo dos nossos corações.
Sentimos hoje e sentiremos sempre com toda certeza a falta
deles e daríamos qualquer coisa para voltar a escutar as suas histórias antigas,
seus velhos tempos, mesmo que por diversas vezes você tenha se recusado a ouvir
por já conhecer de có, seus alertas tipo:
“Menina(o) calce os pés”;
“Não se levanta e se coloca os pés no chão isso da doença
nos ossos”;
“Sai do sereno para não pegar constipação na cabeça”;
“Não fique na rua até tarde menina(o), é perigoso”;
“O que você tem ta doente? Vou fazer um chazinho para você”;
“Deus lhe acompanhe”;
“Te amo”;
“Saudade…”
É quem nunca sentiu falta das suas caricias e olhares cheios
de ternura infinita e única?
Sabemos que faz parte da vida, o fato de os avós terem o privilégio
de nos ver nascer e crescer, nos dar todo amor, toda doçura que puderem e muitas
vezes até a que não podem, e nós somos obrigados a testemunhar o envelhecimento
deles, o adeus.
A perda deles é geralmente a primeira despedida das nossas
vidas, normalmente na infância. Alguns possuem o privilégio de ainda possuírem as
suas mesmo depois de adultos, porém eventualidades, divergências, ocupações do
dia a dia fazem com que aproveitem pouco esses momentos maravilhosos.
Os avós que participam na infância dos seus netos deixam vestígios
da sua alma, legados que irão acompanhá-los durante toda a sua vida como sementinhas
de amor, como um consolo para esses dias em que eles inevitavelmente se
tornaram invisíveis, mais essas felizmente são sementinhas diferentes, são eternas.
Convidamos você a refletir sobre essa pauta conosco.
O adeus dos avós
A maioria dos psicopedagogos diz de forma bem clara: devemos
sempre dizer a verdade a uma criança.
Algumas pessoas pelo contrário, acabem explicando mal a
morte com o intuito de suavizar, minimizar essa dor que é tão grande, fazendo
de conta que isso não faz sofrer. É preciso adaptar a mensagem para a criança,
isso é um fato, porém o erro mais comum cometido pelos pais é evitar, por
exemplo, a última despedida entre a criança e a avó enquanto ele está no
hospital ou quando fazem uso de metáforas como Sua avó está lá no céu ela virou
uma estrela”.
É preciso explicar a morte de uma maneira simples e até
mesmo religiosa, também é preciso enfatizar no fato de que ela “não volta mais”.
Uma criança pequena consegue absorver apenas quantidades limitadas de
informações, devemos ser breves e simples.
Os avós seguraram as nossas mãos durante um tempo,
enquanto isso nos ensinaram a andar, até que chega o momento em que eles
precisam segurar as nossas mãos para se apoiar, para se aconchegar, mas depois,
o que seguraram para sempre serão os nossos corações, onde eles descansaram
eternamente nos oferecendo a sua luz, a sua memória.
Fonte: Fãs de
Psicanalise
Dedicatória:
Para você Guilher, que
a cada vez que penso que já vai embora, lágrimas insistem a brotar do meu rosto
de saudades antes da hora.
A linguagem em forma
de um abraço, de um afago, de um beijo, de um sorriso cúmplice e de ficarmos sentadas no meio da tarde compartilhando silêncios enquanto vemos o pôr do sol
e agradecer por naquele momento, estarmos juntas.
Lindaiá Campos
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